OIT: 20,4% dos jovens no mundo estão sem estudar ou trabalhar
Direitos HumanosUm novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela uma elevada proporção de jovens fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento, estimada em 20,4%. Essa parcela da população, comumente chamada de “nem-nem”, traz à tona uma crescente ansiedade da juventude em relação ao trabalho, apesar da tendência global de redução do desemprego juvenil.

Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela uma elevada proporção de jovens fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento, estimada em 20,4%.
Essa parcela da população, comumente chamada de “nem-nem”, traz à tona uma crescente ansiedade da juventude em relação ao trabalho, apesar da tendência global de redução do desemprego juvenil.
A Geração Nem Nem é um grupo de jovens entre os 14 e os 24 anos que não estudam nem trabalham. O termo “nem-nem” vem de “nem trabalha, nem estuda”. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o número de jovens nem-nem aumentou no Brasil, ando de 4 milhões no primeiro trimestre de 2023 para 4,6 milhões no mesmo período de 2024.
Mercado de trabalho juvenil
Segundo o estudo da OIT, as perspectivas do mercado de trabalho global para os jovens melhoraram nos últimos quatro anos. A expectativa é de que este crescimento continue nos próximos dois anos.
Para 2023, a taxa de desemprego juvenil ficou em 13%, o equivalente a 64,9 milhões de pessoas. O número representa o nível mais baixo em 15 anos. Espera-se uma queda até os 12,8% até o final de 2025.
O panorama, no entanto, não é o mesmo em todas as regiões. Nos Estados Árabes, na Ásia Oriental e no Pacífico, as taxas de desemprego juvenil foram mais altas em 2023 do que em 2019.
Além disso, o relatório Tendências Globais de Emprego Juvenil 2024 revela que o número de jovens entre 15 e 24 anos que estão fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento é preocupante.
Falta de o a empregos decentes
Em 2023, um em cada cinco jovens no mundo era considerado “nem-nem”. Dois em cada três deles são mulheres. O levantamento sugere que oportunidades de o a empregos decentes continuam limitadas nas economias emergentes e em desenvolvimento.
Mais da metade dos jovens que trabalham têm empregos informais. Apenas nas economias de renda alta e de renda média alta é que a maioria deles tem hoje um emprego permanente e seguro.
Além disso, o estudo da OIT aponta que três em cada quatro jovens trabalhadores em países de renda baixa encontrarão apenas emprego por conta própria ou trabalho remunerado temporário.
Iniciativas para ajudar
Para ajudar os jovens nem-nem, podem ser criadas iniciativas de capacitação profissional que os preparem para o mercado de trabalho. Muitas ONGs no Brasil, tem ações que ajudam esses jovens, uma delas é a Fundação Estudar, por exemplo, tem uma série de cursos gratuitos que podem ajudar os jovens a ascender ao mercado de trabalho. Para conhecer melhor seu trabalho, clique aqui.