Organização global estimula ações empresariais em causas ambientais e sociais

Empresas do Bem
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A B Lab atua globalmente com uma rede composta por mais de 9.600 empresas e 950.000 trabalhadores. Nesta terça-feira (8), a organização divulga os novos padrões de certificação para as Empresas B

Imagem: Freepik

O B Lab, organização sem fins lucrativos que atua na transformação da economia global em prol do planeta e das pessoas, publicou novos padrões para a Certificação de Empresa B. Segundo a organização, essa etapa marca a evolução mais significativa nos 19 anos de história do B Lab. 

Para receber a certificação como Empresa B, os negócios devem cumprir padrões de desempenho social e ambiental, transparência e responsabilidade do B Lab. A organização possui uma rede global para promover mudanças de sistemas econômicos, criando padrões, políticas, ferramentas e programas para empresas, certificando os negócios que lideram esse caminho. 

Segundo o B Lab, a comunidade inclui 950.000 trabalhadores em mais de 9.600 Empresas B em 102 países e 161 setores. O objetivo da organização global é estimular a ação empresarial nas questões sociais e ambientais críticas do mundo.

“À medida que a crise climática se intensifica e a desigualdade social cresce, os Padrões fornecem às empresas clareza sobre como elas podem tomar medidas significativas e tangíveis em relação às questões enfrentadas pelas pessoas e pelo planeta, elevando o padrão para todas as empresas, com as Empresas B liderando o caminho. Os novos padrões servem como um modelo de código aberto para líderes empresariais e estão disponíveis gratuitamente no aplicativo B Impact”, disse o B Lab, em nota à imprensa.

Os novos padrões se baseiam no sucesso do Movimento B global, levando as empresas a aumentar o impacto em direção a metas sociais e ambientais compartilhadas. A organização introduz novos requisitos em sete Temas de Impacto Críticos, que devem ser cumpridos por todas as Empresas B, deixando de lado a pontuação cumulativa. Desse modo, os líderes empresariais podem ampliar seu impacto sobre as metas sociais e ambientais compartilhadas.

A seguir, confira quais são os sete “Tópicos de Impacto”

  • Propósito e Governança de Stakeholders: agir de acordo com um propósito definido e incorporar a governança das partes interessadas na tomada de decisões, criando estruturas de governança para monitorar o desempenho do propósito, social e ambiental;
  • Ação Climática: desenvolver um plano de ação para apoiar a limitação do aquecimento global a 1,5°C e, para empresas maiores, incluir emissões de GEE e metas validadas com base científica;
  • Direitos Humanos: entender como suas operações e cadeia de valor podem envolver impactos negativos nos direitos humanos e tomar ações para prevenir e mitigar os impactos negativos;
  • Trabalho Justo: oferecer empregos de boa qualidade e ter culturas positivas no local de trabalho, implementar práticas de salário justo e incorporar o do trabalhador na tomada de decisões;
  • Gestão Ambiental e Circularidade: avaliar seus impactos ambientais e tomar medidas significativas para minimizá-los em suas operações e cadeia de valor;
  • Justiça, Equidade, Diversidade e Inclusão: promover locais de trabalho inclusivos e diversificados e contribuir significativamente para comunidades justas e equitativas;
  • Assuntos Governamentais e Ação Coletiva: engajar-se em esforços coletivos para promover mudanças sistêmicas, defender políticas que criem resultados sociais e ambientais positivos e, no caso das maiores empresas, compartilhar publicamente seus relatórios fiscais por país. 

“Como as empresas enfrentam uma complexidade regulatória crescente e uma pressão, cada vez maior, para se retirarem das iniciativas de justiça climática e social, os novos padrões do B Lab oferecem um caminho claro para um compromisso sustentado”, destacou a organização, em nota.