Programa Perspectiva debate a filantropia no Brasil
Impacto das ONGsA última edição do Perspectiva, sobre a filantropia no Brasil, recebeu Luisa Lima, gerente de Comunicação do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), e Rodrigo Cavalcante, diretor-executivo da Phomenta

O Perspectiva da última semana (18) abordou a filantropia no Brasil. Para tratar deste assunto, o programa de rádio do Observatório do Terceiro Setor recebeu Luisa Lima, gerente de Comunicação do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), e Rodrigo Cavalcante, diretor-executivo da Phomenta.
Durante o episódio, o jornalista Joel Scala e a comunicadora social Kika Saez, apresentadores do Perspectiva, conversaram com os convidados para destrinchar o cenário e papel da filantropia brasileira na sociedade. Entre os temas abordados, os apresentadores comentaram sobre o aumento das atividades filantrópicas durante a pandemia de COVID-19, que não se manteve após o surto.
Em sequência a observação de Scala sobre a temática, Kika afirmou ser comum o crescimento de doações e ajudas em momentos catastróficos. “Acho que a pandemia foi algo muito fora da curva. Então tinha sim uma esperança de que íamos ficar em outro patamar pós-pandemia, mas não é exatamente o que a gente observou”. No entanto, ela destacou acreditar no legado deixado pela pandemia ao terceiro setor, em termos de volume de doação e de recursos.
Outro assunto debatido ao longo do programa foi o desenvolvimento institucional. O IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) lançou recentemente a quarta edição do “Perspectivas para a filantropia no Brasil 2025”, relatório que apresentou seis perspectivas para a filantropia no país, dentre elas, o desenvolvimento institucional.
Segundo Luisa Lima, do IDIS, o ano de 2024 foi repleto de iniciativas voltadas para o desenvolvimento institucional no terceiro setor. “Tradicionalmente, tinha muitas empresas, investidores e famílias que destinavam recursos unicamente para projetos específicos de organizações sociais”, disse. Ela destacou que esse cenário começou a mudar na pandemia, contexto no qual muitas organizações estavam com dificuldades de pagar contas do dia a dia para além dos projetos. “Isso começou a desencadear outras conversas”, afirmou a gerente de Comunicação do IDIS.
Ainda no contexto de desenvolvimento institucional e recebimento de recursos, o convidado Rodrigo Cavalcante respondeu à pergunta de um ouvinte, o qual questionou sobre as possibilidades de uma organização social sem fins lucrativos viver somente de doações. Para o diretor-executivo da Phomenta, é possível.
“Tem várias organizações que dependem de doação e, às vezes, até doação da própria o bairro, da própria cidade, sem depender de grandes volumes”, comentou Cavalcante. Apesar disso, ele salientou que essa estratégia varia de acordo com as propostas da organização. “Dependendo da dimensão e da escala, outros recursos vão ser necessários”.
Além dos convidados, o Perspectiva recebeu dois colunistas. Nesta edição, Paulo Sabbag, doutor em istração, falou do uso da Inteligência Artificial no Terceiro Setor. Além dele, Alain Levi, fundador e CEO da Motivare, comentou sobre o Terceiro Setor e a responsabilidade social.
O Perspectiva é um programa do Observatório do Terceiro Setor transmitido todas às terças-feiras, às 16h, pela Rádio Brasil Atual. A rádio pode ser sintonizada na frequência FM na Grande São Paulo (98,9), no litoral paulista (93,3) e no noroeste paulista (102,7). Também é possível ouvi-la de qualquer lugar, por meio deste site.